MANIFESTO

A pacífica manifestação para além da Divisão.

Por todo o mundo, manifestações poderosas ergueram-se para enfrentar a guerra, a injustiça e o sofrimento. Ecoaram vozes a favor do cessar-fogo, da verdade e da dignidade. Estas vozes são importantes. São essenciais.

Mas no meio da gritaria, há uma coisa que permanece demasiado silenciosa:

Um apelo não contra, mas a favor.
Um apelo à paz. Para a plenitude. Pelo amor.
Um apelo que inclui todos - mesmo aqueles com quem não concordamos.

A paz não é neutra e não é ingénua. A paz é um estado de ser, um estado de consciência, uma força elementar da evolução da humanidade. A paz não é algo que temos de conquistar, é algo de que nos devemos lembrar.

Não se trata de silenciar vozes ou ignorar a injustiça. Não pedimos passividade,
Pedimos presença.

Levantemos as nossas vozes como um só - vestidos de branco, segurando a Bandeira Branca da Paz.

Esta bandeira não é a rendição a outro grupo - é a rendição de algo muito mais perigoso: a ilusão da separação. O ego que se alimenta da divisão e da diferença.

Não estamos aqui para escolher lados. Estamos aqui para nos escolhermos uns aos outros.

Quando fazemos uma pausa, para ouvir, para pôr de lado o orgulho, para escolher a ligação em vez do controlo, algo muda. Mesmo que não concordemos, podemos compreender. Mesmo que não compreendamos, podemos preocupar-nos. E mesmo que não consigamos mudar o mundo hoje, cultivamos a semente da paz dentro de nós e talvez dentro dos outros.

É por isso que vos convidamos, a todos vós, a juntarem-se a nós.

Não para protestar, mas para reunir.
Não com raiva, mas com clareza.
Não para lutar, mas para recordar.

Levantemos a Bandeira Branca da Paz.

Que seja uma bandeira não de desistência, mas de despertar: para a compaixão, para a confiança, para o amor.


Que a nossa presença e os nossos cânticos sejam a mensagem: a paz não é passiva -é poderosa.

Junte-se a nós.

Que os cânticosos passos e o bater dos tambores nos unam para um apelo à Paz.